sexta-feira, 26 de junho de 2009

O DESTINO DE EHLISIANN

O DESTINO DE EHLISIANN

Capítulo 0002

Na verdade, a função de ser criativo é parte da capacidade humana e é nobilíssima. Pode nos tornar, ao menos internamente, livres e felizes. Mesmo que ao nosso derredor o mundo insista em seu rumo incerto e complicado.
Ehlisiann era uma pessoa assim. Sempre pensava e meditava como num conjunto. Esta atitude tornara-se para ela ao longo de poucos anos uma filosofia de vida. Gente como ela, que podia pedir ajuda dentro de si para as questões de sua vida, sendo complexas ou não, tem capacidade de discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, o tangível e o impossível e principalmente entre o alcançável e o seu próprio futuro.
Então estava ela ali parada, com o seu olhar divagando e a mente viajando. Seus pensamentos eram por demais abrangentes e longíquos. Indagava-se sobre a simplicidade de sua vida. Sem dúvida existiria um mundo multicolorido e bem mais complicado longe de seu vilarejo: a fértil natureza humana certamente havia se encarregado de construir e distribuir fatos e coisas completamente alheias a sua minúscula realidade.
O mundo exterior era imenso. Ela sabia. Grandes cidades em um movimento intenso. Obras grandiosas, vida que fervilhava ininterruptamente. Ela havia visto e lido em algumas revistas grande série de fatos, com muitas fotos de todos aqueles acontecimentos e muitas outras coisas que considerava como extraordinárias: os grandes feitos dos generais, atletas, pintores, escritores, escultores, governantes, etc... Enfim, tinha uma boa noção acerca das grandes obras de engenharia humana e da natureza profícua do universo. Sabia ela da existência de muitos, milhares de outros lugares: nações, costumes, mares, montanhas. A imaginação de Ehlisiann era fertilíssima.

Depois eu volto.

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